8 Locais de Visita Obrigatória no Douro este Verão
A Região
2018-06-20
De vez em quando, algumas publicações resolvem focar-se no que de melhor o Douro tem para oferecer… Mas quem melhor para falar dele do que quem cá vive o ano inteiro?
Para o ajudar a traçar o seu roteiro se Verão no Douro, compilámos uma lista de oito locais por onde o Rio Douro passa e pelos quais tem de agendar uma passagem. Vai ver que valerá a pena!
Pocinho
A aldeia do Pocinho, no concelho de Vila Nova de Foz Coa, é especialmente conhecida pela sua estação ferroviária que é o terminal da linha do Douro. A aldeia, pequenina, cresce em dimensão quando percebemos a história que ali se fez, com o transporte das uvas para o fabrico dos famosos Vinhos do Porto e Douro.
Na margem esquerda do rio Douro, está instalado um cais fluvial, no qual atracam muitos cruzeiros diariamente, como o nosso passeio de barco entre a Régua e o Pocinho. Para além disso, conta, também, com uma albufeira na Barragem onde se podem praticar vários desportos náuticos como pesca, vela, esqui aquático, entre outros.
Valeira
Em Valeira vale a pena ver a “garganta” excecionalmente apertada do Rio Douro que por ali passa, conhecida por Cachão da Valeira, e que antigamente tantos barcos ali afundou.
A Barragem da Valeira foi a terceira a entrar ao serviço do Douro Nacional, em 1976 e, atualmente, um dos pontos mais procurados é precisamente o que permite uma vista de cortar a respiração sobre a barragem: o miradouro de São Salvador do Mundo. Pare, sente-se e descanse na Natureza no seu estado mais puro e sincero!
Régua (Bagaúste)
Outro ponto de grande interesse por terras do Douro é a Régua e, mais concretamente, a Barragem de Bagaúste. Esta estrutura fica situada entre os concelhos da Régua e Lamego e foi inaugurada em 1973. Ao deter-se aqui vai, com toda a certeza, conseguir ver alguns cruzeiros que navegam nestas águas, rumo à bonita vila do Pinhão. Atenção que é bem capaz de não ser o único a ter esta ideia, já que muitos turistas escolhem esta paisagem para levar na memória e registar alguns momentos para partilhar nas redes sociais.
E o motivo é simples: a imponente paisagem de vinhedos em anfiteatro que a abraça. E se ficar maravilhado com a paisagem não basta, pode sentir “viver” o melhor de Bagaúste: aventure-se na sua praia fluvial, cais e rampas de acesso. É permitida a prática de natação e a utilização de barcos a motor. Um must para este Verão, não acha?
Barrocal do Douro
Nesta aldeia “perdida” de Trás-os-Montes, qualquer passagem rápida passará imediatamente a delongada visita e, num ápice, se transformará em vontade de regressar. Pare, sinta e desfrute, reparando que a aldeia tem uma arquitetura diferente das localidades encontradas na área envolvente, com uma explicação muito peculiar.
Há cerca de 50 anos, aquando da construção dos três aproveitamentos hidroelétricos do Douro Internacional (Picote, Miranda e Bemposta), houve necessidade de alojar uma grande quantidade de trabalhadores, junto à barragem do Picote. Nessa altura, o local escolhido foi num morro nas escarpas, onde nada existia, e fizeram-se esforços no sentido de o tornar num local habitável com todas as infraestruturas e serviços necessários à vida humana. Foi assim que nasceu um aglomerado onde, inicialmente, moravam quatro mil pessoas. Este aglomerado deu origem à pitoresca aldeia de Barrocal do Douro.
De todas estas histórias que sustentam o passado desta aldeia ainda existem algumas construções, de onde destacamos a padaria da aldeia, um café e a igreja que é visitável de cada vez que há celebrações religiosas.
Soutelo do Douro
A freguesia de Soutelo do Douro situa-se aproximadamente a oito quilómetros da sede de concelho e a cinco quilómetros do Rio Douro.
A história de Soutelo do Douro terá começado por volta de 1246, quando o bispo Pelágio se apoderou desta terra, fazendo dela uma póvoa e a repartiu em 16 casais, a quem lhes concedeu uma carta de povoação.
A Câmara de S. João da Pesqueira entendeu que o povo de Soutelo do Douro devia para taxas extra, mas o povo sentiu-se injustiçado e a decisão não avançou. Mas, durante as décadas seguintes, houve algumas zangas entre famílias, precisamente devido à posse de terrenos. Devido a estas contendas, o desenvolvimento de Soutelo só começou no século XVIII. O incremento da vinha e do vinho com o Marquês de Pombal deu a substancial ajuda à débil economia local.
Aqui o património que hoje recomendamos visitar é, essencialmente, religioso, como a igreja paroquial ou as capelas de Sto. Amaro, S. Sebastião, Nossa Sra. das Neves e a de Santa Marinha. E na de Nossa Senhora das Neves tem um miradouro com vista ampla e incrível.
Pelo meio da visita tome nota para tirar uma fotografia junto ao pelourinho, que é um elegante exemplar manuelino, classificado como monumento de interesse público.
Nagozelo do Douro
Muito próxima da aldeia de Soutelo do Douro está a de Nagozelo do Douro - freguesia do concelho de S. João da Pesqueira, no distrito de Viseu. A origem do seu nome relaciona-se com Nagosa, o que significa “nogueiral”. A capela remonta ao século XVI e a igreja matriz, de invocação a Santa Maria Madalena, em julho, foi reedificada em 1906. Será este o local de maior interesse a visitar mas, à semelhança da terra vizinha, também há um miradouro a chamar por si: o Miradouro de Nossa Senhora de Lurdes, de onde se vislumbram as terras de Linhares, o ribeiro de Alcariz e a emblemática estação do Tua.
Sanfins do Douro
A freguesia de Sanfins do Douro, um dos ex-libris da região, está localizada a aproximadamente dois quilómetros da margem do Rio Pinhão, um rio lindíssimo e afluente do Rio Douro. Aqui já vai encontrar um maior conjunto de comércio e serviços ao seu dispor, ainda que se mantenha toda a identidade que caracteriza esta região: Natureza, paz, tranquilidade e paisagens recheadas de vinhedos.
A História de Sanfins é, contudo, mais antiga. Romanos e Muçulmanos passaram por estas bandas, havendo moedas romanas na posse da paróquia que o testemunham. Em qualquer ponto de Sanfins pode ver paisagens abrangentes com cruzeiros a passar, além de lhe recomendarmos fazer uma caminhada por caminhos romanos, pela Ponte de Rio de Moinhos (romana) e pelos moinhos de água junto aos principais ribeiros.
Celeirós do Douro
Fechamos o nosso roteiro de oito locais no Douro que deve visitar este Verão na aldeia que fica suspensa sobre o vale do Rio Pinhão.
Em 1169 recebeu foral e, em 1758, o seu vinho recebeu uma distinção ao ser considerado de fabrico fino, com qualidade distinta. Vai deixar de o provar? Nem pense nisso… junte à sua degustação alguns dos doces típicos de Celeirós do Douro, como as cavacas, a aletria e o arroz-doce.
Celeirós é uma das povoações mais típicas do Concelho de Sabrosa. O acesso a esta aldeia é feito por um ramal de estrada municipal que entronca na antiga EN 323, em Vilarinho de S. Romão. Descendo entre vinhedos e olivais, vemos que Celeirós se encontra, de certo modo, suspensa sobre o Vale do Rio Pinhão. Conduza com calma e, quando chegar, vai ter a sensação que está num local bem paradisíaco.
Boas viagens e excelentes passeios!