As Imponentes Barragens que Cruzam o Rio Douro
A Região
2018-11-22
Todas as Barragens da Região duriense transportam e narram a filosofia do Rio Douro: mais do que ser o terceiro maior rio da Península Ibérica, é um estilo de vida natural, ético, cheio da história das gentes e das terras que vivem do vinho. Se, antigamente, o Douro era um rio perigoso e onde muitos perderam a vida, a verdade é que as Barragens que foram construídas e tornaram-no num rio calmo e sereno, perfeitamente navegável.
Estas são estruturas imponentes, obras-primas de engenharia e arte, algumas das mais sumptuosas da Europa. Cruzam o rio e conseguem controlar o seu caudal, garantindo sua navegabilidade e conseguindo minimizar cheias e outros desastres naturais. Assim, por serem tão parte integrante do Rio Douro e seus afluentes, tornam-se personagens importante, num quadro duriense único e memorável. E para conhecer estas maravilhas feitas pelo Homem que se têm fundido, a pouco e pouco, na paisagem natural, aconselhamos que se junte à nossa escapadinha que percorre toda a extensão do Rio Douro em território português. No nosso cruzeiro Porto-Barca d’Alva-Porto, conseguirá admirar 4 majestosas Barragens, assistindo ao seu processo de eclusagem.
Barragem de Crestuma-Lever
Os últimos são os primeiros e, por isso, começamos o percurso pela Barragem de Crestuma, a última barragem no Douro antes deste magnífico rio atingir a foz. Além do armazenamento de águas e produção de energia elétrica, a barragem serve de travessia pedonal e rodoviária para o concelho de Gondomar, na outra margem do rio. Para quem sobe o Rio Douro num magnífico cruzeiro, o dia está a começar, ainda se consegue sentir o orvalho matinal e, por isso, é o melhor momento para se começar a soltar em conversas e gargalhadas com a família ou amigos que o acompanham, enquanto tenta avistar a singela praia fluvial.
Barragem do Carrapatelo
Concebida para celebrar o poder na Natureza, a barragem do Carrapatelo é o nosso próximo foco. O primeiro empreendimento hidroelétrico a ser construído no troço nacional do Rio Douro, saltou do nicho para a norma e hoje proporciona experiências incríveis, uma vez que é a barragem do Douro com o maior desnível: 35 metros. Passar na eclusa faz com que sinta um “friozinho” repentino, que depressa desaparece e que vale a pena para lhe permitir admirar toda a beleza do Rio Douro, entre montanhas e vales.
Barragem de Bagaúste
Encontramos a Barragem de Bagaúste mesmo perto da Régua e é, exatamente, por aqui que passam os cruzeiros que vão da Régua até ao Pocinho, privilegiando o contacto com algumas das mais imponentes paisagens do Douro. Vai achar curiosa a quantidade de outros turistas e gentes da terra que se juntam para ver os cruzeiros a passar. Com uma altura de 41m, e construída em 1973, muito mudou o decurso da história do Rio Douro.
Barragem da Valeira
Trata-se da garganta excecionalmente apertada do Rio Douro, também conhecida por Cachão da Valeira. Quando passar a barragem, já vai estar muito próximo de São João da Pesqueira, em Viseu. Deixe-se surpreender pela quantidade de água que se vê a cair de uma altura bastante razoável. O Cachão da Valeira conta história de perícias e dificuldades, sendo, antigamente, um obstáculo natural intransponível que muito dificultava a navegação. Era uma formação granítica que provocava uma espécie de represa, de onde a água se despenhava de uma altura de cerca de 15m, impedindo a navegação para montante, em direção ao Pocinho. Em 1780 começaram a ser demolidos os primeiros pedregulhos e, em 1976 foi construída esta bonita Barragem.
Barragem do Pocinho
Em território português, e para quem acompanha o rio a partir de Espanha, esta é a primeira Barragem que se avista e, por isso, a última que atravessamos quando subimos o Douro desde o Porto. A Barragem do Pocinho fica situada já no concelho de Vila Nova de Foz Côa. E a sua vista? Inacreditável, com inúmeras referências às gravuras que popularizaram este local. Acredite, não vai querer ir embora! Mas se ainda falta alguma vírgula para o convencer, que tal um pôr-do-sol no Cais do Pocinho e uma viagem de regresso ao Porto já debaixo de algumas estrelas? Vai conseguir vê-las através da janela do comboio!