Amarante: a Princesa do Tâmega. Cruzeiros Douro Blog

Amarante: a Princesa do Tâmega

A Região

2024-07-11

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A bonita cidade de Amarante é uma das joias do Norte de Portugal. A Princesa do Tâmega encanta todos os visitantes com a sua beleza natural, tranquilidade, gastronomia e cultura.

Banhada pelo rio Tâmega, a cidade de Amarante é uma encruzilhada, para onde confluem a história, as tradições e a natureza, proporcionando, para lá das suas fronteiras, a descoberta do Douro, do Minho, de Trás-os-Montes e das Terras de Basto, com as quais faz fronteira. Embarque num Cruzeiro do Douro, como o Cruzeiro 3 Dias: Segredos do Douro e Tâmega, conheça esta cidade tão única e especial. Sinta-se convidado!

 

Porque é que a cidade se chama Amarante?


Existem várias teorias em torno do nome da cidade de Amarante. Segundo uma das teses mais defendidas, o nome “Amarante” surge da proximidade da região com a Serra do Marão. A cidade fica “Antes do Marão”. Em latim: “Ante Maronis”. 


Outra tese apoia-se no surgimento do nome a partir do centurião romano Amarantus, que terá sido o fundador da cidade.


Onde fica Amarante?


Localizada na região norte de Portugal, no distrito do Porto, está a cerca de 60 quilómetros do Porto. Amarante está limitada a norte pelo município de Celorico de Basto, a nordeste por Mondim de Basto, a leste por Vila Real e por Santa Marta de Penaguião, a sul por Baião, Marco de Canaveses e Penafiel, a oeste por Lousada e a noroeste por Felgueiras.

 

A cidade de Amarante é conhecida pela Princesa do Tâmega.

 

Amarante Portugal: um refúgio de arte e cultura!

 

Descobrir Amarante é uma aventura que apetece viver! Aqui, a História pode ser lida em cada recanto, cada lugar, cada monte. Se procura arte e cultura, o percurso faz-se pela cidade, com passagem obrigatória pelos museus de Arte Sacra e de Amadeo de Souza-Cardoso; pelas Igrejas de S. Gonçalo, S. Pedro e S. Domingos e outros exemplares do barroco e do românico, espalhados pelo município. 

 

Princesa do Tâmega rodeada de natureza...


Se o seu fascínio é a natureza, então o destino são as Serras do Marão e da Aboboreira, que oferecem paisagens de sonho, trilhos encantadores e aldeias de xisto e granito ricas em tradições. O rio é o Tâmega, «rio divino do sagrado vale», no dizer de Teixeira de Pascoais. Vem de longe, dos lados de Chaves, e corre até ao rio Douro. No seu percurso, dá corpo a uma inconfundível paisagem de vales idílicos e de águas límpidas descendo pelas levadas.

 

Cidade de Amarante é uma porta de entrada para uma região encantadora

 

Amarante é uma placa giratória a proporcionar a descoberta do Minho, de Trás-os-Montes e das Terras de Basto, com as quais faz fronteira geográfica. Proporciona, também, a descoberta do Douro de dois modos: fica a 30 km da Régua, centro económico da região do Alto Douro Vinhateiro, e está ligada pela Linha Férrea do Tâmega à estação da Livração, na Linha do Douro. Por outro lado, está a uma distância de 60 km do Porto e das suas icónicas 6 pontes.

 

 

Um passado remoto e um precioso centro histórico

 

No centro, a cidade de Amarante ostenta mansões do século XVII com varandas de madeira pintadas em cores garridas ao longo das ruas estreitas e restaurantes e pastelarias com terraços sobranceiros ao rio.

 

Os vestígios arqueológicos abundam em Amarante, dispersos por todo o concelho. Em Carvalho de Rei, por exemplo, são inúmeros os vestígios de um passado milenário: a Lapa do Beirão, o lugar do Castelo, as Meninas dos Castros e restos de dólmenes, já na fronteira com Baião, a que o povo chama, poeticamente, “pedras baloiçantes” e “casinhas dos Mouros”.

 

Amarante possui, também, uma das mais belas pontes portuguesas, robusta nos seus arcos graníticos, que constituiu durante séculos (mesmo antes da data de 1790 que ostenta) ligação fundamental da cidade do Porto com a região de Trás-os-Montes. Ponte heroica, é recordada pela defesa que as tropas do general Silveira nela fizeram, em 2 de maio de 1809, contra os invasores franceses.  Parte da cidade ardeu, aliás, nesse ano, aquando do cerco pelos franceses do marechal Soult.

 

 

São Gonçalo, o santo casamenteiro

 

Mas a personagem mais importante da identidade cultural de Amarante é, sem dúvida, São Gonçalo. A seu respeito existe um sem-número de lendas. Eis alguns exemplos: São Gonçalo terá nascido por volta de 1190 e fixou-se em Amarante por volta de 1250, depois de peregrinar por Roma e Jerusalém. Quando a velha ponte romana sobre o Tâmega caiu durante as cheias do século XIII, diz-se que foi São Gonçalo quem a reconstruiu. A sua figura ficaria, no entanto, célebre no folclore popular como casamenteiro e folgazão. São muitas as histórias a respeito das festas que organizou para arranjar maridos para as mulheres, afastando-as das “tentações”, pelo que ficou associado aos casamentos e à fertilidade. No primeiro fim-de-semana de junho, a festa de São Gonçalo começa com orações a pedir um marido e com a oferta de Bolos de S. Gonçalo, em forma de falo. Esta festa consiste, tradicionalmente, em ir à igreja onde o santo é venerado, levar-lhe um ramo de cravos, puxar-lhe pelo cordão do hábito e tocar a sua “relíquia” para que esta favoreça a mulher nos seus anseios amorosos.

 

A atual ponte de Amarante atravessa o rio Tâmega para a Igreja de S. Gonçalo. Na capela à esquerda do santuário, a imagem do túmulo de São Gonçalo foi desgastada pelos abraços de milhares de devotos. A Igreja e Convento de São Gonçalo são o ex-libris de Amarante. As obras deste importante conjunto monástico tiveram início em 1543 e apresentam, na sua arquitetura, influências renascentistas, maneiristas e barrocas. A fachada lateral possui a parte mais imponente deste conjunto, formado por um soberbo portal e a célebre Varanda dos Reis, onde se incluem as imagens de D. João III, D. Sebastião, D. Henrique e de Filipe II, de Espanha.

 

 

O Diabo e a Diaba de Amarante

 

Alojado no antigo claustro do mosteiro, fica o Museu Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), um dos principais artistas portugueses do século XX e natural de Amarante. O museu contém uma coleção de obras cubistas do pintor que lhe dá o nome. Em exposição há também um par de figuras relacionadas com um estranho culto de fertilidade: o Diabo e a Diaba de Amarante, esculpidos em madeira negra no século XIX. No dia 24 de agosto (em que, segundo uma velha superstição, o “Diabo anda à solta”), as pessoas não trabalhavam em Amarante e ofereciam oferendas às bizarras figuras. Em 1870, o então arcebispo de Braga, preocupado com a popularidade dos diabos e sob o pretexto da indecência dos mesmos, mandou queimá-los. Mas a ordem não foi executada, limitando-se os encarregados da operação a castrar o diabo.

 

A Procissão dos Diabos é um cortejo que ainda hoje tem lugar no dia 24 de agosto e que celebra o regresso dos “Diabos de Amarante”.

 

Doces tentações de Amarante: o que se come em Amarante?

 

A cozinha de Amarante é baseada em pratos substanciosos, como o cabrito serrano, a vitela maronesa, o bacalhau, as feijoadas e as tripas, regados pelo bom vinho verde, que aqui encontra condições únicas de maturação.

 

Precisa de provar o conhecido bacalhau, frito em azeite e acompanhado com maionese, ovos e mostarda. O cabrito, temperado com alho e pimentão-doce é outro dos pratos típicos que é muito apreciado. Integram alguns dos melhores pratos que devem experimentar no Douro

 

Se realizar a visita com tempo, pode ainda explorar algumas zonas mais rurais do Município. Em Olo, precisa de provar as tradicionais papas de sarrabulho, nabiça ou couve. Em Rebordelo, espera-o um delicioso Caldo das Coibes. Os rojões são um selo de Fridão, as sopas, de Fregim, e a feijoada em Vila Chã.   

 

A rematar a boa refeição, temos a doçaria conventual moldada pelas mãos das freiras de Santa Clara.  A oferta é variada: desde papos d’anjo, foguetes, lérias ou brisas do Tâmega, o difícil é escolher.

 

 


Encontra uma oferta diversificada de restaurante, cafés e casas de petiscos mais tradicionais, mas também alguns restaurantes mais sofisticados, inclusive um com uma estrela Michelin. Em Janeiro, coincidindo com a festa a S. Gonçalo, organiza-se sempre um fim-de-semana gastronómico na cidade de Amarante. 


Uma coisa é certa: a região do Douro apresenta pratos regionais e vinhos que vão permanecer consigo toda a vida.

 

O que fazer em Amarante em 1 dia?


Se só tem um dia para explorar a cidade de Amarante, fique a conhecer um programa para conhecer as principais atrações da cidade: 


Manhã


- Mercado Municipal de Amarante: decorre todas as quartas-feiras e sábados; inaugurado em 1963 é um excelente ponto de partida para mergulhar no dia-a-dia dos amarantinos. 


- Confeitaria da Ponte: perfeita para tomar um pequeno-almoço ou aquele lanche da manhã; inaugurada desde 1930, tem um espaço exterior que permite uma vista privilegiada sobre o rio Tâmega e a Ponte de São Gonçalo. Pode aproveitar para se deliciar com os doces conventuais. 


- Igreja e Convento de São Gonçalo.


- Ponte de São Gonçalo: tire algum tempo para apreciar a Ponte de São Gonçalo. 


- O almoço deve ser realizado num restaurante típico para provar um dos seus pratos tradicionais, como um bacalhau ou um cabrito assado.


Tarde 


- Museu Amadeo de Souza-Cardoso: visite as exposições permanentes e também as temporárias. 


- Pare para um delicioso petisco em alguma das suas tradicionais tabernas


- Pôr-do-sol com vista sobre o rio: descubra um bom spot para encerrar este dia, no Parque Ribeirinho, com um esplêndido pôr-do-sol e um bom copo de vinho verde na mão.

 

O que fazer em Amarante em 2 dias?


No primeiro dia de visita à cidade de Amarante, pode realizar o programa apresentado já para 1 dia em Amarante. 
Para o segundo dia, as propostas são as seguintes: 


Manhã


- Igreja de São Domingos e Museu de Arte Sacra: concluída em 1725, a igreja em estilo barroco passou por um restauro em 2011 e acolhe também um museu de arte sacra; aprecie o interior decorado com talha dourada e altar-mor do século XVIII.


- Igreja de São Pedro: iniciada em 1528, esta igreja de estilo barroco só acabaria terminada em 1720; aprecie o interior com ornamento de azulejos, talha dourada e imagens do século XVIII.


Tarde


- Solar dos Magalhães: construído no século XIX, o solar é um símbolo da resistência contra a invasão das tropas de Napoleão; do solar só restam as paredes exteriores depois de ter sido queimado pelas tropas francesas em 1809.


- Praia Fluvial Aurora: também conhecida pela Praia Fluvial dos Poços, encontra neste espaço um bar, restaurante e ancoradouro, onde pode relaxar e descansar um pouco. 


- Parque Aquático de Amarante: no Verão, aproveite uma ida ao Parque Aquático de Amarante para se divertir com a família e encerrar em grande estes dois dias dedicados à cidade de Amarante. 

 

Descubra a cidade de Amarante através de um Cruzeiro do Douro

 

Boa comida, cultura e tradição. Este é o menu de sucesso para uma visita que o vai surpreender. Reserve já o Cruzeiro 3 Dias: Segredos do Douro e Tâmega e descubra Amarante, uma pérola e destino obrigatório do Norte de Portugal.

Maria Eduarda

Publicado por:

Maria Eduarda

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