O Porto e a Cálem
Gastronomia e Vinhos
2015-02-20
Porto Cálem: um pouco de História
Não perca a oportunidade de visitar as Caves Porto Calém (não se irá arrepender!), para além do seu Vinho do Porto de topo, estas têm uma História repleta de sucessos. Êxitos esses que começaram a ser atribuídos pouco tempo após a sua fundação. Sendo então importante, sabermos a sua História na íntegra, para compreendermos que caminho foi traçado para atingir as glórias conquistadas.
A Porto Cálem foi fundada por António Alves Cálem, em 1859 e manteve-se na mesma família por quatro gerações. Devido ao interesse da família pela área vinícola, prestavam grande atenção à produção de vinhos de qualidade.
Já depois de terem iniciado a sua atividade neste ramo, produzindo o tão afamado vinho, exportavam-no essencialmente para o Brasil, em troca de madeira exótica que, utilizavam para construir as suas próprias embarcações. Assim se pode entender a existência de uma Caravela no logótipo da Porto Cálem.
O nome Porto Cálem é bem conhecido no mercado vinícola (nacional e internacional) e também entre os cidadãos. Das cerca de 40 marcas de Vinho do Porto, a Porto Cálem destaca-se como uma das mais famosas e líder no mercado português com a sua gama de Vinho do Porto Velhotes: Tawny, Ruby e White.
Porto Calém: A Transição e o Sucesso
O ano de 1998 foi um ano de transição para a Porto Cálem. A partir dessa altura até aos nossos dias, passou a fazer parte da empresa Sogevinus, S.A. Trata-se de um grupo que detém várias empresas do sector vinícola e o seu objetivo é assegurar e preservar a produção e comercialização de Vinhos do Porto e vinhos D.O.C Douro de alta qualidade. Assim, investe também na distribuição dos vinhos e em vários projetos no âmbito do Turismo.
Os Vinhos do Porto da Cálem foram merecedores de distinções e medalhas de topo em prestigiados concursos internacionais de vinhos, realizados em diversos países como Portugal, Reino Unido, França, Bélgica, Suíça, Itália, Eslovénia, EUA e Japão.
Toda a sua gama de produtos foi destacada pela sua incontestável qualidade, especialmente para os Premium Vintages, Late Bottled Vintages e Tawnies de Idade.
O primeiro Vintage que a Porto Calém produziu foi em 1870 e os seus primeiros reconhecimentos incluem medalhas obtidas em Bordéus, Marselha e Bruxelas em 1897.
Esta entidade tem, assim, arrecadado prémios desde 1897 até à atualidade, quando juntou a estes o prémio “The Best Wine Tourism 2006” na categoria de arquitetura. Esta cerimónia teve lugar nos Estados Unidos da América e este prémio foi consequência das obras de requalificação nas suas instalações.
Se é português mas, por alguma eventualidade, não vive (ou não está) em Portugal e sente saudades de relaxar acompanhado de um bom cálice de vinho do Porto, fique a saber que, atualmente, pode encontrar os Vinhos da Porto Cálem em mais de 30 países. São países maioritariamente localizados na União Europeia e América do Norte, mas também em locais mais distantes como Brasil, Porto Rico, Europa de Leste e Nova Zelândia.
A Viagem da Porto Cálem: do Douro até Gaia
Como já será do seu conhecimento, o Vinho do Porto é produzido na região do Douro e transportado de seguida para Vila Nova de Gaia, onde se localizam as caves para armazenamento e envelhecimento do mesmo. Pois é… neste caso aplica-se o provérbio: “Vinho, ouro e amigo, quanto mais velho melhor”.
Para a Porto Cálem a qualidade é fator de excelência quer na produção, quer na colheita das uvas. As regiões durienses são exploradas neste sentido, em particular as zonas de Cima Corgo e do Douro Superior, consideradas as “Catedrais do Vinho do Porto”. Nestas é possível reunir algumas das melhores castas com as quais se fazem este delicioso néctar.
Para além das Caves, dos socalcos durienses para produção dos vinhos, a Porto Cálem é também proprietária de uma quinta de Enoturismo no Douro – a Quinta de Arnozelo – e de um Centro de Vinificação em São Martinho da Anta, que explora as mais inovadoras técnicas, em harmonia com os vastos conhecimentos da região. Deste modo conseguem atingir o clímax da produção vinícola.
Um final de tarde nas Caves Cálem…
Descendo do Douro até ao Porto e atravessando o tabuleiro inferior da Ponte Luís I num belíssimo final de tarde, alcançamos a outra margem do rio Douro, Vila Nova de Gaia. Aconselhamos a aproveitar o facto de aqui estar e desfrutar de um belíssimo Cruzeiro pelas Pontes que unem as duas margens. Garantimos que são 50 minutos de pura magia.
Após o cruzeiro, e uma vez que desembarcará no mesmo local onde embarcou, encontrará no outro lado da rua as Caves Cálem. Pronto para uma visita?
Estas reúnem as condições perfeitas ao envelhecimento dos vinhos. Algum palpite sobre quais serão essas condições? Esclarecendo… Tem que ser num local fresco e seco e também ao abrigo da luz. Por esse mesmo motivo, as Caves são sombrias, quase sem iluminação. Os Vinhos da Porto Cálem envelhecem em barris de carvalho durante largos anos, de forma a alcançarem, assim, a altura ideal para consumo.
Após uma visita guiada onde todos estes fatores lhe serão explicados mais pormenorizadamente, está pronto para a degustação. Mas espere…temos outras dicas valiosas para si. Não tente visitar as Caves à segunda-feira porque este é o único dia da semana em que estão fechadas. Para além disso, ao organizar a sua ida às Caves lembre-se deste detalhe: se marcar a sua visita para as 18h00 entre os meses de Novembro e Março, ou para as 18h30 entre os meses de Abril e Outubro, terá uma surpresa - que garantimos – muito agradável.
Passamos a explicar… nestes períodos o seu cálice de Vinho do Porto poderá ser acompanhado pelo som do Fado ao vivo, uma vez que entre os pipos, é providenciado um pequeno espetáculo. Desta forma, comprovará que está numa casa portuguesa, com certeza!
Chegamos ao final da nossa visita...e assim se passou um final de tarde bastante prazeroso. Aceitando as nossas sugestões, terá desfrutado de um incrível cruzeiro num típico barco Rabelo e depois, nas Caves Porto Cálem, testemunhado dois Patrimónios Mundiais em simultâneo: o Vinho do Porto e o Fado. Não hesite, junte-se a nós!
Agradecimentos às Caves Calém por terem gentilemente cedido as fotografias presente nesta publicação.