Vamos Vindimar? Uma Experiência Típica a Não Perder!
Dicas e Sugestões
2018-08-01
No final do Verão e início do Outono, o Douro ganha uma vida muito peculiar que atrai a curiosidade de todos os apaixonados pela Natureza, pelo Vinho e pelas atividades tradicionais. Para quem se perde, frequentemente, na nostalgia dos tempos idos da infância e adolescência na “apanha da uva”, certamente tem na memória os cheiros, as rotinas e, de certa forma, o convívio divertido que se gerava nesta altura do ano.
A boa notícia é que, hoje em dia, participar numa típica vindima do Douro está perfeitamente ao seu alcance. Se nunca o fez, é também uma excelente oportunidade para participar nesta festa tão verdadeira e tradicional a bordo do nosso especial Cruzeiro das Vindimas.
Bem-vindo a bordo do Cruzeiro mais tradicional do Douro
O nosso Cruzeiro das Vindimas tem a duração de 2 dias. 2 dias que o levarão pela História mais genuína do Douro, pela Cultura mais famosa da região e pela Tradição mais orgulhosa de Portugal.
O dia começa bem cedo e, a partir da cidade do Porto, rumamos em direção à fantástica zona do Pinhão. Até lá, passamos pelas mais emblemáticas paisagens durienses que, nesta altura, tão bem se pintam de mil e um tons de vermelho e alaranjado. Na verdade, a cor das uvas já tingiu as folhas das videiras, sendo uma das alturas mais belas para apreciar o incrível cenário duriense.
Coloque a máquina fotográfica em punho ou o seu telemóvel na melhor posição e vá captando a paisagens que desfila à nossa paisagem. Antes de atracarmos no Pinhão ainda passamos pelo Peso da Régua, cidade espetacular vista do rio, e cruzamos três imponentes barragens, assistindo ao processo de eclusagem. E, depois de chegarmos ao Pinhão, vila encantadora e mágica, iremos para um Hotel 4* da região.
A Festa das Vindimas
O segundo dia da viagem é reservado para a festa das Vindimas. De chapéu na cabeça e tesoura na mão, vai estar em plena harmonia com a Natureza e saber que está a apanhar a matéria-prima que vai dar vida a um néctar delicioso e de qualidade. As uvas, douradas pelo sol e pulverizadas pela brisa que envolve o Douro, estão prontas para uma nova etapa: viajar até ao lagar. As vindimas à beira do Rio Douro beneficiam do facto de ainda oferecerem uma vista de cortar a respiração com as suas vinhas milimetricamente alinhadas. E em meados de setembro, os socalcos do Douro enchem-se de gente que, equipada a rigor, recolhe os bagos de uvas para produzir o vinho mundialmente famoso.
Esta é a altura do ano em que as uvas se apresentam maduras, ou seja, o seu peso, cor e acidez estão no ponto ideal para resultar num vinho de qualidade. Uma forma curiosa de atestar dessa qualidade a olho nu é verificar quando os pés dos cachos começam a ficar murchos.
A manhã começa com uma receção numa das Quintas mais famosas da região, que inclui uma bebida de boas-vindas, uns aperitivos regionais e uma boa música tradicional. A seguir, vem um passeio pela vinha e, munidos de cesto e tesouras, dá-se início ao corte das uvas e ao seu transporte para o lagar, num ritual que é acompanhado por cânticos tradicionais durienses. Vai poder vê-las, a elas, de cestos à cabeça. Já eles costumam ficar encarregues de tarefas fisicamente mais duras, como o transporte dos grandes cestos já carregadinhos de uva.
Noutros tempos, cantar era forma de ajudar a aliviar a dureza do trabalho. Ao experimentar esta atividade, vai adquirir conhecimento prático da apanha e corte da uva, com todos os truques e manhas que só as gentes da terra têm para partilhar. Segue-se a ida para o lagar, um dos pontos altos do nosso programa. Uma vez mais ao som dos cantares tradicionais, e a convidar à participação ativa de todos, inicia-se a pisa das uvas a pés no lagar. E enquanto uns pisam as uvas e dançam animadamente no lagar, outros tocam os instrumentos mais tradicionais da região.
A manhã chega ao fim e, já com fome, é servido um típico almoço regional, confecionado em potes de ferro. O sabor, feito à moda antiga, não podia ser melhor: bem apurado e carregado de tradição. À medida que vamos almoçando, um dos anfitriões explica-nos a História do Douro e como ela tão bem se reflete na Gastronomia típica desta região. E, no final, já com estômagos fartos e bem contentes, mais música tradicional para dançar e conviver.
No final do dia, já cansados e com a certeza de termos vivenciado momentos inesquecíveis, é altura de fazermos um balanço destes dois dias de passeio. A conclusão é sempre uma: planear um outro cruzeiro pela altura do São Martinho para provar os vinhos novos!